Desde que a China começou a emergir do seu casulo maoísta recebendo investimento estrangeiro, a tórrida velocidade de crescimento do PIB do país tem fascinado companhias do mundo todo. Durante os últimos 10 anos, essa fascinação tem crescido, abrindo espaço para idéias obscuras e conflitantes sobre o que significa fazer negócios com a China.
Companhias ocidentais, em particular, tendem a ver a China como uma potente usina de produção, o sonho de todo comerciante multinacional, ou um competidor cada vez mais capaz no comércio de produtos patenteados.
Esta crença é compreensível, já que o país agora trabalha com uma notável variedade de produtos, desde roupas e brinquedos até peças de computador.
E a capacidade de produção aparenta não ter limites, já que o país parece ter sido abençoado com uma reserva inesgotável de trabalho de baixo custo.
Outra idéia comum é que a China é um gigante do consumo que irá satisfazer a sua sede com todos os tipos de produtos. Alguns vêem um ávido cliente de negociação direta, pronto para comprar quantidades cada vez maiores de matéria-prima de países como a Austrália, Rússia e Brasil para estocar a sua fornalha produtiva.
Outros se focam mais nas oportunidades de negociação direta: a fantasia de conseguir um bilhão de consumidores de produtos estrangeiros que não estavam disponíveis antes, desde xampus até automóveis de luxo. Como um todo, essas esperanças e crenças há muito estimularam noticiários, workshops e investimentos corporativos.
Ainda sem um retrato confiável de quem são as pessoas chinesas e como elas estão mudando, planejadores corporativos têm lutado para definir e abordar as aparentes oportunidades oferecidas pela nação mais populosa do mundo. Na ausência de informações sólidas sobre a China e seu povo, mito e conjetura prevaleceram.
Para preencher esse vão de informação, o Gallup Organization empreendeu uma ambiciosa pesquisa nacional de dez anos com os chineses, começando em 1994 e terminando em 2004. Diferentemente de outras pesquisas, a obra da Gallup analisou os hábitos e esperanças de chineses adultos, desde fazendeiros rurais até moradores das cidades.
As informações recolhidas das pesquisas representam não flashs e sim filmes sobre as mudanças nas preferências e desejos dos chineses em uma década de desenvolvimento explosivo. Os dados sugerem que muitas das percepções de companhias fora e até mesmo dentro da China são imprecisas. Especificamente, nossas descobertas desmentem pelo menos quatro noções comumente aceitas.
A primeira concepção errada é a de que o povo chinês está agora focado principalmente no trabalho duro e no ganho de dinheiro. A segunda é que os trabalhadores chineses que inundam as fábricas e escritórios das grandes cidades são altamente ambiciosos, totalmente mobilizados e altamente comprometidos.
A terceira é que a nova prosperidade da China permite que os consumidores de lá comprem muito daquilo que desejam. E a quarta é que ainda há restos de uma fome sem fim de artigos domésticos básicos. A Gallup procurou documentar as atividades, aspirações e intenções do consumidor chinês e prover as ferramentas que planejadores corporativos, negociantes, empregadores e diplomatas precisam para administrar oportunidades e desafios na China.
Armadas com essas informações, companhias podem começar a corrigir as concepções erradas e formular uma abordagem mais realista ao ato de negociar dentro e com a China.
Vale a pena conhecer mais sobre esta inédita pesquisa, acesse:
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