sexta-feira, 29 de setembro de 2006

São Paulo: Incentivo Fiscal x Projeto Cultural

A Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo já iniciou o cadastramento de empresas interessadas em patrocinar Projetos Culturais por meio de incentivo fiscal - ICMS, estabelecido pelo PAC - Programa de Ação Cultural da Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura, com o objetivo de liberar recursos de patrocínio para artistas ou produtores.
O PAC é a ação mais importante da Secretaria e se tornou realidade pela Lei de Incentivo à Cultura, uma antiga reivindicação da classe artística, criada no ano passado pelo secretário de Estado da Cultura, João Batista de Andrade, e regulamentada em junho deste ano pelo governador Cláudio Lembo.
Ao todo, a Secretaria da Cultura estará disponibilizando R$ 45 milhões para as mais várias áreas de Cultura. Parte desse montante, R$ 20 milhões, virá da renúncia fiscal do Estado, por meio de isenção de ICMS aos empresários que investirem em cultura. A empresa interessada em participar pode fazê-lo pela internet, da forma mais simples possível. O valor restante de R$ 25 milhões serão destinados à viabilização de projetos culturais escolhidos em concursos sendo disponibilizado com recurso direto do Tesouro.
Veja a Relação dos Projetos inscritos.
Ainda há tempo para executivos, dirigentes e empresários fazerem sua inscrição para contribuir com a Cultura Nacional e assim, além dos incentivos fiscais que contribuirão com os resultados financeiros das empresas-patrocinadoras, será uma Ação Socialmente Responsável.

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Relatório Banco Mundial sobre Corrupção Política

O Banco Mundial divulgou este mês o relatório "Governance Matters 2006", com o maior banco de dados mundial sobre o Controle da Corrupção Política também chamada de governança.
O texto mostra que a governança pode ser medida, que a má governança não é um desafio apenas do mundo em desenvolvimento e que os países que fazem reformas podem obter melhorias significativas na governança e na redução da corrupção em pouco tempo.
Da mesma forma, países que implementam reformas podem esperar um enorme dividendo sobre o seu desenvolvimento.
Os indicadores, que abrangem mais de 200 países, fundamentam-se em centenas de variáveis e numa compilação de mais de 120.000 respostas de cidadãos, especialistas e empresas de todo o mundo, extraídas de 30 fontes.

Esses indicadores e suas fontes de dados representam o banco de dados mais vasto à disposição do público sobre governança em todo o mundo. Os dados medem seis componentes das "Melhores Práticas no Controle da Corrupção Política" ou Boa Governança:

a) Voz e responsabilização – mede direitos políticos, civis e humanos

b) Estabilidade política e ausência de violência – mede a probabilidade de mudanças ou ameaças violentas ao governo, incluindo terrorismo

c) Eficácia do governo – mede a competência da burocracia e a qualidade da prestação do serviço público

d) Qualidade do clima regulador – mede a incidência de políticas pouco favoráveis ao mercado

e) Estado de direito – mede a qualidade da execução dos contratos, da atuação da polícia e dos tribunais, incluindo a independência judiciária e a incidência de crime

f) Controle da corrupção – mede o abuso do poder público para benefício privado, incluindo a corrupção de pequena e grande dimensão (e detenção do poder pelas elites)

O Brasil ficou apenas na 95º posição no controle da corrupção política e essa também, não é uma boa notícia para o nosso país!

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Novas metas para os Objetivos do Milênio

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, está sugerindo a inclusão de novos itens nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) que refletem uma série de alvos em áreas como pobreza, educação e meio ambiente que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015.
Annan propõe acrescentar, aos 8 Objetivos e 18 Metas atuais, quatro novas metas, uma delas ampliando outra já existente: a universalização do trabalho digno e do acesso à saúde reprodutiva, disseminar ao máximo o acesso ao tratamento da Aids até 2010 e reduzir significativamente a perda da biodiversidade até 2010.
Estas modificações são baseadas nas sugestões dos representantes dos países presentes na Cúpula Mundial de 2005 e referem-se a:
a) Ao primeiro Objetivo (erradicar a extrema pobreza e a fome), seria acrescentada a meta de universalização do trabalho produtivo e decente para todos, incluindo mulheres e jovens.
b) No sexto Objetivo (combate a doenças), seria adicionada a meta de disseminação do tratamento do HIV.
c) No quinto Objetivo (melhorar a saúde materna), seria incluído o acesso universal à saúde reprodutiva.
d) E, ao sétimo Objetivo (garantir a sustentabilidade ambiental) passaria a englobar a redução da perda da biodiversidade.
Os indicadores específicos para monitorar essas metas seriam definidos por um grupo de especialistas.
Saiba mais sobre a Declaração do Milênio e seus os 8 Objetivos no site NÓS PODEMOS.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Ética x Etiqueta

A ética¹ é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta!
Mas, dentre todas as definições existentes, nós definimos a ética como: "a decisão pelo comportamento baseado nos princípios e valores morais inabaláveis, pautando as ações no que é bom, correto e justo, devendo ter a honestidade, a integridade, a responsabilidade sócio-ambiental, a cidadania, a solidariedade e o amor ao próximo como prioridade absoluta. Vivendo com esta ética, alcançaremos a verdadeira e autêntica sustentabilidade nos governos, nas empresas e em toda a sociedade e, conseqüentemente, um mundo melhor”.
Já a etiqueta é definida como o conjunto de atitudes e comportamentos dos indivíduos em seu dia-a-dia, incluindo boa educação, gentileza, bom senso, respeito, enfim, tudo o que possa facilitar o relacionamento e a convivência em sociedades. Alguns até dizem que a etiqueta é a pequena ética, contudo acreditamos que a etiqueta faz parte ou está inserida na própria ética.
Este ano a Revista Época publicou uma excelente matéria intitulada "O Novíssimo Manual de Etiqueta". Vale a pena conferir!
¹Álvaro L.M. Valls – O que é ética? Ed. Brasiliense, 1993, p.7)

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

BioDiesel: Combustível Responsável

Fruto de um grande projeto do Governo Federal, o BioDiesel une consciência ambiental e responsabilidade social. Consciência ambiental porque é renovável e menos poluente e responsabilidade social porque gera emprego e renda no campo, contribuindo para o crescimento de nossa economia.
O BioDiesel é um combustível de queima limpa, derivado de fontes naturais e renováveis. É produzido a partir de óleos vegetais (girassol, amendoim, mamona, sementes de algodão e colza, dentre outros), com praticamente as mesmas propriedades do diesel derivado do petróleo - o chamado diesel fóssil - não exigindo adaptação das máquinas e motores.
Conheça todas as vantages do BioDiesel:
1) Reduz 78% das emissões de poluentes, como o dióxido de carbono, e 98% de enxofre na atmosfera;
2) Reduz 35% de hidrocarbonetos queimados;
3) Reduz 55% materiais particulados;
4) Pode ser usado sozinho ou misturado em qualquer quantidade com diesel fóssil;
5) Reduz a dependência externa, uma vez que 15% do óleo diesel utilizado no Brasil é importado;
6) Tem maior poder de lubrificação. Testes na Alemanha mostram que o combustível puro aumenta a vida útil dos motores em mais de 20%;
7) É biodegradável, possuindo degradação quatro vezes mais rápida, o que diminui danos ambientais;
8) Não é tóxico.
Saiba mais sobre o BioDiesel e o Selo Combustível Social.
A Ale Combustíveis foi a primeira distribuidora do país a comercializar o BioBiesel, demonstrando sua atuação responsável. Receba nossos cumprimentos!

domingo, 24 de setembro de 2006

Início da Primavera: não há nada pra comemorar!

Ontem se iniciou a Primavera e não há nada para se comemorar, pelo contrário.
Este ano a estação das flores deverá ter temperaturas acima da média histórica em todo o país, segundo previsão do Cptec - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Para se ter uma idéia, em São Paulo, os termômetros poderão marcar mais de 34ºC em alguns pontos do Estado.
Segundo Hélio Camargo, responsável pelo grupo operacional de previsão climática do Cptec, ainda não é possível afirmar se esta será a primavera mais quente dos últimos anos. "A previsão não é quantitativa, mas qualitativa. Temos temperaturas médias históricas. Por enquanto, dá para dizer que a primavera terá temperaturas acima dessas médias, como já ocorreu em outros anos", explicou.
Em 2005, a primavera teve, segundo dados do Cptec, temperaturas entre 1ºC a 2ºC acima das médias históricas e, esse fenômeno já ocorreu no inverno deste ano que também foi mais quente e superou em até 2ºC a média histórica do semestre de junho, julho e agosto.
Como sabemos, estes eventos são ocasionados pelo Efeito Estufa.
Ainda há tempo de reverter este quadro apocalíptico!
Só depende dos governos, das empresas e de cada um de nós!

sábado, 23 de setembro de 2006

Resposta Nestlé sobre Gordura Trans

Recentemente recebemos uma mensagem do Tiago a respeito da não identificação da famigerada Gordura Trans no rótulo do Biscoito Negresco Ice Mint.
Acabamos de receber a resposta da Nestlé a qual publicamos na íntegra.
Parabenizamos esta responsável empresa pela preocupação com seus públicos de interesse (stakeholders).
Ao Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios
Ref.: Mensagem enviada por Sr. Thiago
Prezado Sr. Douglas Linares Flinto
Agradecemos, inicialmente, a oportunidade de prestarmos nossos esclarecimentos a esse Instituto.
Informamos que a Nestlé sempre teve como premissa básica a segurança e qualidade de seus produtos, assim como a atualização com relação às recomendações da comunidade científica mundial e o estrito atendimento à legislação vigente.
Gostaríamos de esclarecer que os rótulos dos produtos já foram adequados à nova legislação com relação à informação sobre a gordura trans. Entretanto, como foi permitida a comercialização de produtos fabricados antes da publicação dessa resolução, com rótulos sem a referida informação, ainda pode existir no mercado algum produto com rótulo antigo.
Em relação ao biscoito Negresco Ice Mint citado pelo Sr. Thiago, em função do lote descrito em sua mensagem, podemos afirmar que esse produto teve sua fabricação anterior à obrigatoriedade desse tipo de informação nos rótulos.
Ressaltamos que a Nestlé sempre primou pelo total respeito ao consumidor, valorizando cada uma de suas manifestações de forma única. Assim, ficamos à disposição do Sr Thiago para esclarecer quaisquer eventuais dúvidas com relação a este ou outros assuntos relacionados à nossa empresa.
Certos de termos prestado os esclarecimentos solicitados, agradecemos mais uma vez a atenção desse Instituto.
Atenciosamente,
SERVIÇO NESTLÉ AO CONSUMIDOR

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

A farra dos Sacos Plásticos¹

O Brasil é definitivamente o paraíso dos sacos plásticos. Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível, costumamos reagir com reclamações indignadas.
Quem recusa a embalagem de plástico é considerado, no mínimo, exótico.
Outro dia fui comprar lâminas de barbear numa farmácia e me deparei com uma situação curiosa. A caixinha com as lâminas cabia perfeitamente na minha pochete. Meu plano era levar para casa assim mesmo. Mas num gesto automático, a funcionária registrou a compra e enfiou rapidamente a mísera caixinha num saco onde caberiam seguramente outras dez. Pelas razões que explicarei abaixo, recusei gentilmente a embalagem.
A plasticomania vem tomando conta do planeta desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções.
Feitos de resina sintética originadas do petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural.
No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis - e dificultam a compactação dos detritos.
Essa realidade que tanto preocupa os ambientalistas no Brasil, já justificou mudanças importantes na legislação - e na cultura - de vários países europeus. Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à sacolamania.
Quem não anda com sua própria sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos. O preço é salgado: o equivalente a sessenta centavos a unidade. A guerra contra os sacos plásticos ganhou força em 1991, quando foi aprovada uma lei que obriga os produtores e distribuidores de embalagens a aceitar de volta e a reciclar seus produtos após o uso. E o que fizeram os empresários?
Repassaram imediatamente os custos para o consumidor. Além de anti-ecológico, ficou bem mais caro usar sacos plásticos na Alemanha. Na Irlanda, desde 1997 paga-se um imposto de nove centavos de libra irlandesa por cada saco plástico. A criação da taxa fez multiplicar o número de irlandeses indo às compras com suas próprias sacolas de pano, de palha,e mochilas. Em toda a Grã-Bretanha, a rede de supermercados CO-OP mobilizou a atenção dos consumidores com uma campanha original e ecológica: todas as lojas da rede terão seus produtos embalados em sacos plásticos 100% biodegradáveis.
Até dezembro deste ano, pelo menos 2/3 de todos os saquinhos usados na rede serão feitos de um material que, segundo testes em laboratório, se decompõe dezoito meses depois de descartados. Com um detalhe interessante: se por acaso não houver contato com a água, o plástico se dissolve assim mesmo, porque serve de alimento para microorganismos encontrados na natureza. Não há desculpas para nós brasileiros não estarmos igualmente preocupados.
Mau exemplo: lixão em SP recebe 250 toneladas por dia com a multiplicação indiscriminada de sacos plásticos na natureza. O país que sediou a Rio - 92 (Conferência Mundial da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente) e que tem uma das legislações ambientais mais avançadas do planeta, ainda não acordou para o problema do descarte de embalagens em geral, e dos sacos plásticos em particular.
É preciso declarar guerra contra a plasticomania e se rebelar contra a ausência de uma legislação específica para a gestão dos resíduos sólidos. Há muitos interesses em jogo.
Qual é o seu?
¹ Artigo escrito em 2003 pelo jornalista e apresentador da GloboNews, André Trigueiro.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Dedo Duro na Amazônia

Se a Amazônia acabar de fato, não há de ser por falta de vigilância. Uma organização de pesquisas de Belém lançou este mês o primeiro sistema independente para monitorar o desmatamento em tempo real, por meio de imagens de satélite. A idéia é ter informações sobre a devastação da floresta disponíveis na internet e atualizadas todo mês, não só para diagnosticar a situação da floresta, mas também para prever desmatamentos futuros. O SAD - Sistema de Alerta de Desmatamento, como foi batizada a ferramenta, é uma criação de uma equipe do IMAZON - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia. Ele deve permitir o cálculo mensal da área devastada na região Norte, uma cifra que o governo brasileiro hoje só divulga uma vez por ano - o último dado oficial, referente a 2004-2005, saiu este mês, confirmando uma queda prevista de 31,5% na taxa de destruição. "Assim como a inflação, que tem vários índices, esperamos ter o dado mensal do desmatamento como um indicador a mais", compara Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon e um dos criadores do SAD. A analogia é mais do que justificada. Afinal, o que os números do desmatamento divulgados anualmente pelo INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais medem é a perda de um ativo econômico, cujo valor - em forma de seu estoque de carbono, vital para a regulação do clima - agora começa a ser reconhecido pelo governo. Foi justamente para monitorar as emissões de carbono causadas pelo desmatamento que o SAD foi concebido, com uma doação de R$ 200 mil da Fundação Packard. "Nós precisávamos de um sistema independente de acompanhamento, porque os dados do Deter não tinham muita regularidade", diz Carlos Souza Jr., que desenvolveu a metodologia de processamento de imagens do sistema do Imazon. O DETER é o sistema de detecção do desmatamento em tempo real do governo, criado pelo INPE a pedido do Ministério do Meio Ambiente. Ele usa imagens da NASA disponibilizadas pelos Satélites Americanos MODIS para monitorar a floresta e guiar a fiscalização do IBAMA sobre desmates ilegais.
Este Dedo Duro Independente irá monitorar e, principalmente, denunciar as práticas nada responsáveis do desmatamento na Amazônia!
Parabéns IMAZON pela iniciativa!

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Cenário Elétrico Sustentável 2020

Economia de R$ 33 bilhões para os consumidores, diminuição no desperdício de energia de até 38% da expectativa de demanda, geração de 8 milhões de empregos, estabilização nas emissões dos gases causadores do efeito estufa e afastar os riscos de novos apagões são os principais benefícios do estudo realizado pelo WWF-Brasil, apresentado semana passada.
O relatório, intitulado Agenda Elétrica Sustentável 2020, foi desenvolvido por uma equipe de especialistas da Unicamp e balizado por uma coalizão de associações de produtores e comerciantes de energias limpas, grupos ambientais e de consumidores e traça dois cenários elétricos para o país de 2004 a 2020: o Cenário Tendencial e o Cenário Elétrico Sustentável, sendo que ambos assumem as mesmas hipóteses de crescimento e condições socioeconômicas da população.
O Cenário Tendencial segue os moldes adotados atualmente, mantendo o nível de desperdício de energia e o limitado papel das fontes não convencionais.
Já o Cenário Elétrico Sustentável apresenta políticas de planejamento mais agressivas, maior eficiência na geração e na transmissão de energia, racionalidade no consumo e maior utilização de fontes não convencionais para a produção de eletricidade. “O Brasil é referência hoje nas negociações internacionais sobre energias renováveis e mudanças do clima e temos que garantir que esse papel continue sendo exercido pelo país no futuro”, explica Denise Hamú, Secretária-Geral do WWF-Brasil. “Entretanto, se as decisões tomadas sobre o setor elétrico forem equivocadas, podem colocar o Brasil na contramão de acordos e esforços globais, tais como o Protocolo de Quioto”, completa. Entretanto, para que a Agenda Elétrica Sustentável se concretize é necessário que um conjunto de recomendações de políticas públicas seja adotado e implementado pelo governo e por diversos setores da sociedade. Dentre elas, é possível destacar a implantação de um plano nacional de eficiência energética com metas quantificadas e o lançamento da segunda fase do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa II). O estudo organizado pelo WWF-Brasil e parceiros faz parte de uma iniciativa internacional da rede WWF para reduzir a dependência de carbono da matriz energética de vários países do mundo. Ao todo, 16 países como vários da União Européia, China e Índia fazem parte do esforço da rede neste momento. Saiba mais sobre este assunto acessando nossos links.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Créditos de Carbono: Um Ato Responsável

A Celulose Irani, de Santa Catarina, pertencente ao Grupo Habitasul, vai faturar 2,6 milhões de reais por simplesmente investir na redução da emissão de gases de efeito estufa. A empresa, que conseguiu no início deste mês o Certificado das Reduções da Organização das Nações Unidas (ONU), vendeu um primeiro lote de Créditos de Carbono para a Shell. A operação — a primeira de uma brasileira do setor de celulose e papel e a segunda do mundo neste segmento — ocorre dentro das regras do Protocolo de Quioto, que criou os citados créditos de carbono. A redução das emissões resulta de um projeto de cogeração de energia elétrica, em que a empresa substituiu o combustível fóssil em suas caldeiras por resíduos florestais. O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), como designa o Protocolo de Quioto, permite que uma empresa de um país que não precisa reduzir suas emissões — como o Brasil — venda créditos gerados pela diminuição das emissões de gases como dióxido de carbono (CO²) e metano. O MDL da empresa — a 13ª maior do setor de celulose e papel segundo o Anuário EXAME Melhores e Maiores 2006 — proporcionará a redução de 3,702 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente nos próximos 21 anos. Caso feche contratos semelhantes ao assinado com a Shell pelos próximos 20 anos — e com a mesma cotação da tonelada de CO² —, a companhia poderá faturar um total de 52 milhões de reais até 2027. O valor — provavelmente subestimado, em razão de o preço da tonelada de CO² vir se valorizando — corresponde a mais do que o dobro do gasto pela companhia para realizar o projeto. A usina à base de biomassa, implantada na fábrica de papel em Vargem Bonita, município de Santa Catarina, custou 22,5 milhões de reais. "Operações como essa são muito interessantes para a empresa porque ajudam a viabilizar projetos ambientais que, via de regra, não teriam um bom retorno econômico", afirma o diretor-superintendente da Irani, Péricles Pereira Druck.
Parabéns Celulose Irani por tão nobre e responsável iniciativa que servirá de exemplo para outras empresas!
Fonte: Portal Exame (04/09/06)

domingo, 17 de setembro de 2006

Pesquisa Gallup: Desvendando a China

Desde que a China começou a emergir do seu casulo maoísta recebendo investimento estrangeiro, a tórrida velocidade de crescimento do PIB do país tem fascinado companhias do mundo todo. Durante os últimos 10 anos, essa fascinação tem crescido, abrindo espaço para idéias obscuras e conflitantes sobre o que significa fazer negócios com a China.
Companhias ocidentais, em particular, tendem a ver a China como uma potente usina de produção, o sonho de todo comerciante multinacional, ou um competidor cada vez mais capaz no comércio de produtos patenteados. Esta crença é compreensível, já que o país agora trabalha com uma notável variedade de produtos, desde roupas e brinquedos até peças de computador. E a capacidade de produção aparenta não ter limites, já que o país parece ter sido abençoado com uma reserva inesgotável de trabalho de baixo custo. Outra idéia comum é que a China é um gigante do consumo que irá satisfazer a sua sede com todos os tipos de produtos. Alguns vêem um ávido cliente de negociação direta, pronto para comprar quantidades cada vez maiores de matéria-prima de países como a Austrália, Rússia e Brasil para estocar a sua fornalha produtiva. Outros se focam mais nas oportunidades de negociação direta: a fantasia de conseguir um bilhão de consumidores de produtos estrangeiros que não estavam disponíveis antes, desde xampus até automóveis de luxo. Como um todo, essas esperanças e crenças há muito estimularam noticiários, workshops e investimentos corporativos. Ainda sem um retrato confiável de quem são as pessoas chinesas e como elas estão mudando, planejadores corporativos têm lutado para definir e abordar as aparentes oportunidades oferecidas pela nação mais populosa do mundo. Na ausência de informações sólidas sobre a China e seu povo, mito e conjetura prevaleceram. Para preencher esse vão de informação, o Gallup Organization empreendeu uma ambiciosa pesquisa nacional de dez anos com os chineses, começando em 1994 e terminando em 2004. Diferentemente de outras pesquisas, a obra da Gallup analisou os hábitos e esperanças de chineses adultos, desde fazendeiros rurais até moradores das cidades. As informações recolhidas das pesquisas representam não flashs e sim filmes sobre as mudanças nas preferências e desejos dos chineses em uma década de desenvolvimento explosivo. Os dados sugerem que muitas das percepções de companhias fora e até mesmo dentro da China são imprecisas. Especificamente, nossas descobertas desmentem pelo menos quatro noções comumente aceitas. A primeira concepção errada é a de que o povo chinês está agora focado principalmente no trabalho duro e no ganho de dinheiro. A segunda é que os trabalhadores chineses que inundam as fábricas e escritórios das grandes cidades são altamente ambiciosos, totalmente mobilizados e altamente comprometidos. A terceira é que a nova prosperidade da China permite que os consumidores de lá comprem muito daquilo que desejam. E a quarta é que ainda há restos de uma fome sem fim de artigos domésticos básicos. A Gallup procurou documentar as atividades, aspirações e intenções do consumidor chinês e prover as ferramentas que planejadores corporativos, negociantes, empregadores e diplomatas precisam para administrar oportunidades e desafios na China. Armadas com essas informações, companhias podem começar a corrigir as concepções erradas e formular uma abordagem mais realista ao ato de negociar dentro e com a China. Vale a pena conhecer mais sobre esta inédita pesquisa, acesse:

sábado, 16 de setembro de 2006

Dia Mundial da Limpeza de Rios e Praias

Hoje é o Dia Mundial da Limpeza de Rios e Praias.
No Brasil é a 14ª edição deste evento e contará com a participação de 20 mil voluntários em ações localizadas em mais de 120 praias, rios, lagos e lagoas.
Apenas no estado do Rio, cerca de 9 mil voluntários receberão sacos plásticos para o lixo, luvas para a coleta, camisetas, lápis, canetas e réguas, produzidas a partir de embalagens longa vida recicladas e distribuirão folhetos educativos.
O evento foi criado internacionalmente em 1.986 pelo Centro para a Conservação da Vida Marinha (The Ocean Conservancy) com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre o problema do lixo no mar e é uma realização conjunta de universidades, escolas, associações de moradores, organizações não governamentais (ONGs) e entidades voluntárias, sendo que no mundo, mais de um milhão de pessoas trabalham voluntariamente hoje.
Este evento deverá ser um marco para a maior consciência da sociedade brasileira sobre a importância de conservar, cuidar e limpar nossos mares, praias, rios, córregos, lagos e lagoas e assim, passarmos a ter esta atitude responsável todos os dias e não somente no dia mundial da limpeza.

Brasil: Não é bom lugar para empresas fazerem negócios

O Brasil é o sétimo pior país da América Latina e Caribe para empresas fazerem negócios. Numa lista de 175 nações do mundo todo com ambiente propício para atuação de companhias privadas, a economia brasileira ficou em 121º lugar subindo apenas uma posição em relação ao relatório anterior. Esta avaliação consta do novo relatório do Banco Mundial e da International Finance Corporation, que cobre o período 2006-2006. Segundo o estudo, chamado Fazendo Negócios 2007: Como Reformar, na América Latina e Caribe, o Brasil fica à frente apenas de Suriname (122º), Equador (123º), Bolívia (131º), Guiana (136º), Haiti (139º) e Venezuela (164º). Os mais bem colocados na região são Chile (28º), México (43º) e Uruguai (64º). O Banco Mundial avalia que fazer negócios tornou-se mais fácil na maioria dos países latino-americanos. Vinte e sete reformas reguladoras — em 13 economias da região— reduziram o tempo, o custo e a burocracia para as empresas cumprirem as exigências legais e administrativas. As reformas realizadas pelos países da América Latina simplificaram os regulamentos comerciais, fortaleceram os direitos de propriedade, diminuíram os encargos tributários, aumentaram o acesso ao crédito e reduziram o custo de exportação e importação. As classificações seguem os indicadores de tempo e de custo para atender às exigências do governo para abrir uma empresa, seu funcionamento, comércio, tributação e fechamento. Não seguem variáveis tais como políticas macroeconômicas, qualidade de infra-estrutura, oscilação da moeda, percepções dos investidores ou índices de criminalidade. As dez melhores economias do mundo para negócios, segundo o relatório, são, pela ordem, Cingapura, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Hong-Kong, Reino Unido, Dinamarca, Austrália, Noruega e Irlanda. Conforme o documento, o México, o país com o maior número de reformas na região, fortaleceu a proteção dos investidores com uma nova lei de valores mobiliários que aumenta o escrutínio de negociações com uso de informações privilegiadas. Além disso, diminuiu o tempo de abrir uma empresa de 58 dias para 27 e reduziu o imposto de renda de pessoas jurídicas de 33% em 2004 para 30% em 2005 e 29% em 2006.
Conheça todos os detalhes da pontuação do Brasil neste importante Relatório de Avaliação. Essa é uma má notícia e mais um ponto negativo para o Brasil!

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Soja Responsável

A criação da primeira organização internacional para reduzir os impactos negativos da produção de soja foi anunciada ao fim do RTRS - FÓRUM GLOBAL SOBRE SOJA RESPONSÁVEL, que aconteceu em Assunção, Paraguai, de 31/08 a 01/09/06. A nova organização é uma iniciativa de produtores, processadores, comerciantes, instituições financeiras, organizações da sociedade civil e empresas, sendo uma resposta aos anseios de consumidores por uma soja mais social e ambientalmente responsável.
A primeira tarefa da nova organização será desenvolver e implementar, globalmente, princípios, critérios e indicadores para produção, processamento, comercialização de uma forma responsável, em 18 meses. Os 200 participantes do RTRS acreditam que esses princípios e critérios devem refletir questões como proteção à biodiversidade, limites da conversão de habitats naturais em plantações de soja, melhores práticas agrícolas, cumprimento às leis trabalhistas locais e principalmente, o desmatamento.
O Diretor de Conservação do WWF - Brasil, Leonardo Lacerda, comentou que “a criação formal do RTRS e o compromisso de alguns dos principais atores da cadeia da soja de adotar princípios e critérios por uma soja produzida com mais responsabilidade é um marco” e além disso “o setor privado está começando a entender que é necessário fazer a parte deles, e rapidamente, para evitar conseqüências mais drásticas para o Brasil como o boicote do produto ou a adoção de barreiras não tarifárias para erradicar a soja produzida de forma irresponsável”.
A soja é usada para produzir óleo comestível, cosméticos, alimentos para humanos e animais como gado, porcos, aves e peixes. Os princípios e critérios vão levar a um mecanismo de mercado para evitar os impactos negativos da produção de soja e sua expansão. Na Europa, por exemplo, os comerciantes de soja vêm sendo criticados por comprarem de produtores que estão ajudando a destruir habitats de grande valor para a conservação como a Amazônia e o Cerrado. Igualmente, na América do Sul, o setor da soja é criticado por desmatamento, apropriação ilegal de terras públicas, retirada de pequenos produtores de suas terras e o não cumprimento das leis trabalhistas locais.
Veja os princípios e critérios do Fórum Global sobre Soja Responsável:
Conheça também os Membros do Comitê Organizador da RTRS:
Grupo André Maggi (um dos maiores produtos de soja do mundo)

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Brasil x Educação x Guerra

O quadro acima foi elaborado a partir do levantamento da ONG Save the Children (Salvem as Crianças) que demonstra que 43 milhões de crianças, entre 4 e 17 anos, estão fora da escola por causa das guerras, sendo as principais causas deste grave problema: a destruição de escolas durante conflitos, morte de professores e recrutamento forçado de crianças.
A organização lançou uma campanha global, intitulada REESCREVA O FUTURO, para pressionar líderes mundiais para ajudar crianças carentes a ter acesso a educação formal. Os recursos estimados são de cerca de US$ 6 bilhões. A ONG - Save the Children quer levar 3 milhões de menores às escolas até 2010, ou seja, o valor a ser gasto para inserir e manter cada uma destas crianças no contexto escolar é de apenas US$ 500 anuais.
Apesar de todos os avanços ocorridos nos últimos anos, você sabe quantas crianças entre 7 e 14 anos ainda estão fora da escola aqui no Brasil? Segundo o UNICEF são 800 mil e desse total 500 mil são negras. Isso nos lembra que o desafio da inclusão das crianças na escola passa também pelo combate à desigualdade racial. Essa necessária atitude é de responsabilidade de toda a sociedade brasileira (governos, empresas e ONG´s) e por analogia aos números apresentados pela ONG Save the Children, serão necessários R$ 1 bilhão/ano.
Graças a Deus no Brasil não existem conflitos armados como nos países destacados no quadro acima, mas comparativamente, devemos entrar numa verdadeira Guerra Social – no bom sentido é claro - para a inclusão de todas essas crianças na escola. Isso é uma questão de cidadania e de responsabilidade social! Recentemente foi lançado no Brasil o movimento Todos pela Educação que tem como meta entrar nessa guerra. Participe você também deste movimento! Parabéns aos idealizadores e organizadores desta exemplar iniciativa.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Resposta Petrobras à Folha de São Paulo

A Srª Elaine C. Rodrigues, secretária da presidência, acaba de enviar ao e-mail do Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios a correspondência do Sr. José Sérgio Gabrielli de Azevedo – Presidente da PETROBRAS - enviada à Folha de São Paulo sobre a matéria publicada na capa deste jornal no último dia 12.

Abaixo transcrevemos a citada missiva na íntegra, com a esperança que todos estes fatos sejam devidamente apurados e esclarecidos.

Aproveitamos para agradecer a direção da Petrobrás, por tão nobre ato, em responder a postagem do nosso Blog, demonstrando respeito por seus stakeholders. Vamos aguardar o desenrolar destes acontecimentos, que com certeza, estarão registrados no Blog Ética nos Negócios.

Em entrevista coletiva, hoje, pela manhã, o Presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, classificou como "um escândalo, absurda" a matéria publicada em manchete pelo jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira. A Petrobras repudia veementemente o uso político das informações fornecidas pela Companhia. E nega a acusação espúria de fazer uso político de seus investimentos em projetos de qualquer natureza.

A Petrobras reafirma os critérios técnicos adotados para a seleção de projetos sociais: região próxima às suas unidades de negócio, mapeamento dos municípios que têm maior concentração de ocorrência de abuso sexual infantil nas estradas, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a estruturação do projeto.

O processo de seleção passou a ser utilizado pela Petrobras em 2003, quando a empresa deixou de simplesmente doar a verba para os Conselhos Municipais e Estaduais e passou a acompanhar a aplicação dos recursos apartir da análise temática das propostas apresentadas pelos Conselhos. Em 2002, a Petrobras doou recursos do FIA (Fundo da Infância e Adolescência) para 77 conselhos e alguns projetos sociais, enquanto em 2005, a empresa apoiou um total de 208 projetos, demonstrando a democratização e ampliação da verba destinada a este fim.

O info-gráfico da reportagem “Verba social da Petrobras privilegia PT”, de Rubens Valente, induz o leitor a crer no uso político das verbas. A critério do repórter, foi definido o que seria “base aliada”, sem esclarecer o que chamou de “outros”.

A Petrobras esclarece que a empresa mantem convênio com a prefeitura de Maragogipe (BA), no valor de R$ 463 mil, para recuperação de vias públicas danificadas pela própria Petrobras durante a recuperação do canteiro de obras daquele município.

Em Alagoinhas, também na Bahia, o convênio com a prefeitura é de R$ 280 mil e tem como objetivo a recuperação da malha viária de acesso à comunidade de Estevão e cidades vizinhas, todas situadas em vias que dão acesso a áreas de exploração da Petrobras.

Um exemplo do rigor com que atua a Petrobras na relação com prefeituras e governos, independentemente dos partidos políticos, foi a assinatura, em junho último, de convênio com o governo estadual da Bahia, hoje dirigido pelo PFL, no valor de R$ 34 milhões, para a recuperação de estradas.

Com o mesmo objetivo de distorcer as informações da Petrobras, a reportagem fez uma comparação sem sentido entre o projeto “Todas as Letras”, desenvolvido pela CUT, que alfabetizou mais de 60 mil jovens e adultos, e a festa de 1º de maio, que a Força Sindical realizou.

A Petrobras lamenta a reportagem tendenciosa, que confunde o leitor na medida em que condena a destinação de verba para iniciativas de proteção a crianças e adolescentes, e não ressalta os benefícios que estes projetos trazem a essas populações.

Certa da publicação desses esclarecimentos,

PETROBRAS A DIREÇÃO

Petrobrás x Partido dos Trabalhadores

O jornal Folha de São Paulo publicou matéria-denúncia envolvendo a maior empresa brasileira. A estatal Petrobras estaria favorecendo cidades e governos administrados pelo PT (Partido dos Trabalhadores) através de "verbas sociais".
O que surpreende é a Petrobras ser o maior exemplo brasileiro de empresa ética e socialmente responsável. Se essas denúncias se confirmarem, além de um sério conflito de interesse ficará provado que a gestão da Petrobrás é feita pelo Governo Federal e isso se caracteriza numa total falta de ética; na conduta político-corporativa absolutamente reprovável e condenável; e na utilização do Marketing da Ética junto aos seus respectivos stakeholders.
E você? O que acha de tudo isso?

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Nosso Blog superou 1000 acessos. Obrigado

O Blog Ética nos Negócios superou a marca dos 1000 acessos. Para nós, isso é motivo de grande satisfação. Obrigado a todas as pessoas que contribuiram para essa marca. Abraço grande a todos vocês.

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Parabéns McDonald´s

No início do ano o Greenpeace expôs o papel do McDonald’s, maior cadeia de fast food do mundo, na destruição da Floresta Amazônica. O relatório Comendo a Amazônia, publicado pelo Greenpeace Internacional, revela como a demanda mundial por soja produzida na Amazônia alimenta a destruição da maior floresta tropical do mundo, incentivando o desmatamento, grilagem de terras e violência contra as comunidades. A investigação mostrou como a soja amazônica vai parar nas prateleiras de supermercados e redes de fast foods da Europa. O relatório Comendo a Amazônia é resultado de uma investigação sigilosa realizada durante um ano, nas regiões de produção e consumo de soja, baseada em análise de imagens de satélites, sobrevôos, análise de dados do governo e pesquisas em campo. Conheça os detalhes deste relatório-denúncia em português. Um outro relatório publicado em Mar/06 na revista científica Nature, alertou para o fato de que 40% da Amazônia serão perdidos até 2.050 se a fronteira agrícola continuar se expandindo no mesmo ritmo, representando uma ameaça à biodiversidade e agravando o quadro de mudanças climáticas. Algumas fazendas também cultivam soja transgênica na Amazônia. Entretanto, a Rede McDonald´s assinou documento com o Greenpeace se comprometendo a não mais adquirir produtos fabricados com a soja cultivada com irresponsabilidade na Floresta Amazônica. Parabéns McDonald´s pela demonstração de ética nos negócios e responsabilidade social e ambiental.
Esperamos que a Cargill, Bunge e ADM - empresas também denunciadas no citado relatório - tenham a mesma postura exemplar adotada pelo McDonald´s.

domingo, 10 de setembro de 2006

Direitos da Pessoa com Deficiência: Vitória Global

A Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência foi concluída no Comitê Especial da ONU (Organização das Nações Unidas) com a participação histórica da sociedade civil de todo o mundo.
Este Tratado Internacional consumiu quatro anos de dedicação e esforço e tem um significado histórico para centenas de milhões de pessoas com deficiência de todo o planeta.
Esta Convenção obrigará os países "a desenvolverem um modo diferente de pensar em relação a deficiência". Uma vez adotado o novo paradigma, e as pessoas adotarem a abordagem do "podemos fazer" no lugar do "não podemos fazer", todo um volume de outras coisas fluirão a partir daí. Outro fato que merece destaque nesta Convenção foi a inclusão da menção aos indígenas com deficiência.
Os integrantes da sociedade civil tem que comemorar, pois terminaram uma fase importante na luta contra a discriminação e pela inclusão de pessoas com deficiência. Para os delegados que concluíram os trabalhos na ONU - que dizem ser as pessoas com deficiência a maior minoria do mundo e que ela foi empurrada para as margens da sociedade por demasiado tempo - a Convenção certamente será vista como um primeiro passo bem-vindo.
No entanto é preciso lembrar, principalmente no meio de nossa sociedade que outra batalha se inicia para que os paises ratifiquem e implementem esta Convenção e que no caso do Brasil, devemos continuar ativos e participantes para que ela seja ratificada e implementada com a maior brevidade possível.
Vale lembrar também que em nosso país será grande a responsabilidade em relação a divulgação, a implementação e a vigilância dos 42 Artigos que compõem este Tratado Internacional se esperando que ele possa vir a conferir mais dignidade as pessoas com deficiência e o efetivo gozo de todos os direitos em igualdade aos demais cidadãos.
Em 2002 a Serasa e a Associação Paulista de Magistrados já haviam lançado o Livro "Direitos do Portador de Necessidades Especiais" - que teve como autor Antonio Rulli Neto.
Esperamos que um número cada vez maior de brasileiros conheçam e se apropriem desta Convenção para que passemos das palavras as ações e assim, consigamos que mais e mais pessoas portadoras de necessidades especias sejam incluídas em nossa sociedade e possam ter uma vida mais digna e cidadã.
Aproveitamos esta postagem para informar que no próximo dia 16/09 no SESC - Vila Mariana, dàs 10 às 18 horas será realizado evento comemorativo ao DIA NACIONAL DE LUTA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Este evento está sendo organizado pelo CVI-AN - Centro de Vida Independente Araci Nallin e a APABB - Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência dos Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade.
Os organizadores convidam para a realização de duas mesas que abordarão os seguintes temas: "Esporte para Pessoas com Deficiência" e a citada "Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência" além do "Estatuto da Pessoa com Deficiência".
Vale a pena você participar!

sábado, 9 de setembro de 2006

Agora, até a Moda pode ser Ética

Embora seja um setor em que a futilidade reina, o mundo da moda se abre cada vez mais aos critérios do consumo ético (ou consumo consciente) e do comércio justo – o chamado fair trade – como demonstrou o Salão Prêt-à-Porter de Paris que, pela segunda temporada consecutiva, dedicou um espaço particular à MODA ÉTICA. O espaço “So Ethic” recebeu 40 marcas internacionais, entre as quais várias brasileiras, que respeitam os princípios da Declaração da Moda Ética, ou seja, que adotam o comércio eqüitativo e optam pela utilização de matérias-primas naturais, ecológicas ou recicladas. O desfile parisiense das coleções de prêt-à-porter, considerando o mais importante evento mundial da moda feminina, se vangloria de acompanhar a evolução do mundo da moda e têxtil. O interesse pelo tema é partilhado pelas autoridades governamentais francesas que, por ocasião do Salão, publicaram uma cartilha sobre o tema intitulado MOMENTO DA MODA ÉTICA, no qual consideram que este setor emergente, embora só represente 1% do faturamento da indústria da moda francesa, é promissor e “pode ser uma verdadeira oportunidade de salvaguarda de mercado e de desenvolvimento”.

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Desmatamento x Aquecimento Global

A maioria das pessoas acredita que o aquecimento global vem ocorrendo em função da emissão dos gases formados pela combustão dos derivados do petróleo e gás. Entretanto, o desmatamento é responsável por 25 a 30% dos gases que criam o efeito estufa, onde 1.600 milhões de toneladas são liberadas na atmosfera todos os anos.
Cerca de 200 especialistas, em sua maioria procedentes de países em desenvolvimento, se reuniram em Roma na semana passada na sede da FAO - Organização das Nações Unidades para a Agricultura e Alimentação, onde foi organizado o Convênio das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CMNUCC) e trabalharam para resolver ao mesmo tempo duas das principais questões ambientais: o desmatamento e o aquecimento global.
As árvores são compostas em 50% por gás carbono e uma vez cortadas, esse carbono regressa para a atmosfera. Segundo estimativas da FAO, todos os anos se perdem 13 milhões de hectares de árvores em todo o mundo, sendo a maior parte em zonas tropicais. Na África, América Latina e no sudeste asiático existem elevado índice de desmatamento.
Os delegados de 46 países em desenvolvimento indicaram que em seus países estão dispostos a intervir contra o desmatamento, pois 80% se deve ao aumento das terras cultivadas com o objetivo de alimentar uma população cada vez mais numerosa. A solução é aumentar a produtividade agrícola de forma a diminuir o desmatamento.
Foi sinalizado também a necessidade desses países receberem ajuda econômica do mundo desenvolvido para levar a cabo esta tarefa de conservação das florestas. Esses incentivos poderiam ser em créditos de carbono, no ambito no Protocolo de Kyoto que rege as emissões de gases de origem industrial nos países em desenvolvimento e que causam o efeito estufa.
Mas, concomitantemente, haverá necessidade do comprometimento dos países desenvolvidos em diminuir a emissão de gases na atmosfera terrestre. As maiores economias do mundo também tem que fazer a sua parte para minimizar os efeitos das mudanças climáticas ocasionadas pelo famigerado efeito estufa!

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Índice de Competitividade das Nações

Apesar de comemorarmos no dia de hoje a independência do Brasil, nossa páis apenas subiu uma posição no ranking do ÍNDICE DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES de 2004, divulgado esta semana pela Fiesp - Federação das Indústrias de São Paulo, ficando em 38º lugar. Embora o País tenha apresentado um crescimento de 15% em relação ao índice anterior, ainda ficou abaixo da média, de 27%, dos países selecionados. Numa simulação para 2005, realizada com 70% dos dados já disponíveis, o Brasil manteria o 38º lugar.
Este estudo contempla 43 países que juntos são responsáveis por nada mais nada menos que 95% do PIB mundial.
De acordo com o presidente do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, a valorização da taxa do câmbio, a alta carga tributária e os juros elevados foram os protagonistas da baixa posição brasileira.
Os cinco primeiros países no Ranking foram os Estados Unidos, Japão, Suécia, Noruega e Cingapura. O Brasil recebeu nota 21,6, que, pelo Índice, está no rol dos países com baixa competitividade. O País só fica à frente das Filipinas (16,1), Colômbia (15,0), Turquia (14,4), Índia (11,5) e Indonésia, na lanterna com nota 7,6.
Essa não é uma boa notícia para o Brasil!

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Voto Secreto: Falta de Ética Pública

Com 383 votos a favor, nenhum contrário e quatro abstenções, foi aprovado ontem, em primeiro turno, o fim do voto secreto em todas as decisões do Legislativo. Esta medida inclui o voto aberto para todas as deliberações no Congresso Nacional, ou seja, os deputados federais não mais utilizariam do subterfúgio do voto secreto nas deliberações sobre processos de perda de mandato, eleição da Mesa, análise de veto presidencial e escolha de conselheiros do Tribunal de Contas da União (TCU). Agora haverá necessidade da votação em 2ª turno prevista para após as eleições de 1º/10 e em sendo novamente aprovado terá que ser votado no Senado Federal.
A necessidade do VOTO ABERTO ficou latente quando do episódio das votações secretas na Câmara do Deputados onde a maioria dos acusados de participarem do esquema de corrupção apelidado de "MENSALÃO", acabaram sendo absolvidos por seus “pares” que se protegeram pelo voto secreto e a sociedade não soube quais os deputados que defenderam os corruptos mensaleiros.
Em função do aparecimento de mais um esquema de corrupção envolvendo os parlamentares "sanguessugas", por exigência e pressão da sociedade, voltou o debate político para o cristalino VOTO ABERTO que tem como objetivo pôr fim ao vergonhoso voto secreto na Câmara dos Deputados e também no Senado Federal, especialmente quando se tratar de cassação de mandato por decoro parlamentar.
Este ano foi lançado no Brasil o MOVIMENTO VOTO ABERTO JÁ (www.votoaberto.com.br) que visa acabar com o expediente do voto secreto, por se tratar de uma ferramenta que fomenta a corrupção e potencializa a impunidade no páis.
A total transparência nos processos políticos trará maior representatividade e dignidade à nação. Em pouco tempo os cidadãos e cidadãs poderá traçar o perfil de cada deputado ou senador e isso é determinante para analisarmos como os políticos realmente agem, se pelo interesse publico para o qual foram eleitos ou para os seus próprios.
A partir de agora devemos apoiar e exigir o VOTO ABERTO pois ele representa o VOTO DA TRANSPARÊNCIA, o VOTO DA INTEGRIDADE, o VOTO DA ÉTICA PÚBLICA.
Acesse o link no título desta postagem e verifique os políticos que apoiam o Voto Aberto.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Bebida x Direção: Um Ato de Responsabilidade

Você sabia que depois dos assassinatos, os acidentes de trânsito são o principal motivo de morte entre os jovens brasileiros com faixa etária entre 15 a 24 anos?
No domingo passado, houve um terrível acidente na zona sul do Rio de Janeiro e muita tristeza pelas mortes precoces. No local do acidente, os pais viveram o desespero de ter que reconhecer os corpos dos filhos no asfalto.
Os cinco estudantes, que tinham entre 16 e 22 anos, morreram depois que o carro, desgovernado, bateu numa árvore. Testemunhas disseram que o motorista, de 19 anos, dirigia em alta velocidade. Eles tinham saído de uma boate a menos de 2 quilômetros do local do acidente e exames de sangue vão verificar se os jovens tinham consumido bebida alcoólica.
Estatísticas do Departamento Nacional de Trânsito mostram que 6 mil jovens entre 13 e 29 anos morrem por ano no Brasil vítimas de acidente de trânsito. Pasmem, são 500 mortes por mês e o excesso de bebida alcoólica é o responsável por uma parcela significativa desses acidentes.
No Rio, os números registrados pelos bombeiros que socorrem a maioria das vítimas mostram que os acidentes não vêm diminuindo. Pelo contrário, aumentam de 5% a 7% a cada ano.
Os especialistas afirmam que o trânsito não seria tão violento se os motoristas não fizessem dele uma arma.
Por isso, sejamos responsáveis: SE BEBER, NÃO DIRIJA.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Eletroeletrônico Verde?

O GREENPEACE publicou um estudo que analisa o impacto ambiental na produção de eletroeletrônicos no mundo. São os chamados ELETROELETRÔNICOS VERDE ou ECOEFICIENTES.

O relatório apresenta um ranking das empresas que usam menor quantidade de produtos tóxicos por equipamento produzido e apresentam planos eficazes de reciclagem e assim, ganham melhores notas.

No ranking, que analisou 14 fabricantes globais de produtos de TI, a NOKIA e a DELL tiveram a melhor avaliação e lideram a lista. As piores colocações ficaram com Lenovo, Motorola e Acer.

A boa colocação da NOKIA deve-se aos esforços desta companhia em diminuir o uso de elementos tóxicos na fabricação de seus produtos. A favor da Nokia conta ainda o fato de seus celulares não usarem plástico PVC.

Já a DELL obteve bom desempenho em função da abrangência e eficácia de seus projetos de reciclagem de computadores. Apesar de bem colocadas no ranking, Nokia e Dell não tiveram desempenho bom o suficiente para merecer o “SELO VERDE” que o Greenpeace concederá aos fabricantes de eletrônicos que implementarem boas práticas ecológicas na fabricação de seus produtos.

O Greenpeace vai revisar a lista a cada três meses, a fim de dar oportunidade para que empresas que implementem medidas ecológicas melhorem sua posição no ranking.

Veja o Ranking do Greenpeace dos 14 fornecedores e suas respectivas pontuações (quanto maior a pontuação, melhor é a avaliação):

Nokia: 7 pontos

Dell: 7 pontos

HP: 5,7 pontos

Sony Ericsson: 5,3 pontos

Samsung: 5 pontos

Sony: 4,7 pontos

LG: 4,3 pontos

Panasonic: 3,3 pontos

Toshiba: 3 pontos

Fujitsu-Siemens: 3 pontos

Apple: 2,7 pontos

Acer: 2,3 pontos

Motorola: 1,7 ponto

Lenovo: 1,3 ponto

Quando você for comprar um eletroeletrônico, lembre-se desta lista e dê preferência aos fabricados com menor impacto ambiental.

domingo, 3 de setembro de 2006

Ética neles!

Esta semana a Polícia Federal prendeu 29 pessoas durante operação deflagrada no Rio de Janeiro para combater crimes ambientais. Entre os detidos, estão empresários e fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, os funcionários públicos são acusados de vender licença para a pesca ilegal da sardinha no período da procriação na Reserva Biológica de Tinguá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A Polícia Federal informou que os servidores também seriam responsáveis por vender pareceres técnicos autorizando a construção e o funcionamento de empreendimentos na área da Reserva de Tinguá.
A operação denominada Euterpe (espécie de palmito) está sendo considerada pela Polícia Federal a mais expressiva na área de meio ambiente, fora da região amazônica. As investigações começaram em julho do ano passado, após denúncias de irregularidades feitas pelos próprios servidores do Ibama.
Os presos responderão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, corrupção ativa, violação de sigilo funcional e crimes ambientais.
Duas instituições que merecem todo nosso respeito e confiança: Polícia Federal e Ministério Público.
ÉTICA NELES!

sábado, 2 de setembro de 2006

Agronegócio x Responsabilidade Social e Ambiental

O Governo Federal criou através do Decreto n° 1.922/96 a chamada RPPN, ou seja, RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL que nada mais é do que uma área de domínio privado a ser especialmente protegida, por iniciativa de seu proprietário, mediante reconhecimento do Poder Público, por ser considerada de relevante importância pela sua biodiversidade, ou pelo seu aspecto paisagístico, ou ainda por suas características ambientais que justifiquem ações de recuperação.
As RPPN’s terão por objetivo a proteção dos recursos ambientais representativos de uma determinada região e poderão ser utilizadas para o desenvolvimento de atividades de cunho científico, cultural, educacional, recreativo e de lazer.
Existem inúmeros benefícios concedidos pelo governo às RPPN´s. Veja quais são:
1) Direito de propriedade preservado;
2) Isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) referente à área criada como RPPN;
3) Preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às instituições oficiais de crédito, para projetos a serem implementados em propriedades que contiverem RPPN em seus perímetros;
4) Possibilidades de cooperação com entidades privadas e públicas na proteção, gestão e manejo da unidade.
Além disso, os proprietários de terras reconhecidas como RPPN garantem que a produtividade dos seus negócios aumentou nos indicando que é absolutamente possível aliar a gestão do agronegócio com responsabilidade social e ambiental.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

A Ética e o Sofá

Há anos escutamos que na TV, no cinema e no teatro existe o TESTE DO SOFÁ. É um fato bastante comentado, entretanto nunca se provou nada. Isso sempre ficou restrito aos integrantes do Mundo Artístico.
Esta semana, com os acontecimentos envolvendo uma figurante e um diretor global do Programa Zorra Total, este tema emergiu novamente, vindo comprovar que este tal teste sempre existiu e impera nos bastidores de uma maneria geral.
Queremos parabenizar a Rede Globo de Televisão por sua postura ética pois mesmo não tendo provas cabais contra este funcionário, acabou tomando a única e exemplar decisão para uma situação como esta: a demissão sumária.
Apesar de existirem atores dispostos a tudo para conseguirem fama e dinheiro, acreditamos que os maiores culpados são aqueles que têm o poder.
Esperamos que este acontecimento possa contribuir para que mais casos como esse venham à tona, para que possamos extirpar os maus profissionais que estão atrás das câmaras e das cortinas.
ÉTICA neles!

Máfia Verde

Em 2005 houve a necessária vontade política de deflagrar uma operação na Polícia Federal contra fatos que são bem conhecidos tanto no Brasil quanto na comunidade internacional bem como objeto de abertos comentários em reuniões, conferências e até mesmo inúmeras publicações, ou seja, o Desmatamento Criminoso na Amazônia.
Tudo indica que o elemento que estimulou a tomada desta decisão foi o desmatamento recorde ocorrido em 2004. Esta má notícia ajudou de alguma forma a Ministra do Meio Ambiente, pois contribuiu para que se utilizasse imediatamente parte das informações que a Polícia Federal junta, há tempo, sobre aquela verdadeira MÁFIA VERDE mantida graças à impunidade generalizada existente no Brasil e em especial na Amazônia.
Passado mais de uma ano, parece que pouca coisa mudou neste cenário devastador. Em primeiro lugar, a Justiça não julgou efetiva e tempestivamente todo os acusados, especialmente pelos maus antecedentes da própria justiça daquela região.
Em segundo lugar, o governo não consolidou a operação, nem tão pouco a estendendeu para outros estados, principalmente Pará e Rondônia, onde o mesmo esquema existe e é igualmente conhecido.
Finalmente, notamos que a Polícia Federal não foi capaz nem teve mandato, para focar também os outros principais setores que compõem esta MÁFIA VERDE, ou seja, a grilagem de terra e o licenciamento de atividades agropecuárias. As prisões seriam muitas no caso da grilagem, entre agenciadores, cartórios, fazendeiros, políticos, funcionários do INCRA e dos órgãos de terra estaduais. E, no caso da atividade agropecuária, deveria se focar a verdadeira indústria de outros documentos que constituem, assim como as autorizações de transporte de produtos florestais, uma moeda paralela no mercado local, como os Termos de Ajustamento de Conduta. Tais documentos foram distribuídos generosamente, por exemplo, pelos mesmos responsáveis da FEMA que foram presos por conta da corrupção madeireira.
Fica provado que a tal "vontade política" aumenta e diminui com extrema rapidez, e se a operação não se ampliou até agora, já se perdeu o momento propício para que isso aconteça.
Agora, é tarefa do Ministério Público e das entidades que compõem a Sociedade Civil Organizada VIGIAR para que algo seja feito, de fato e com extremo rigor, contra esta intocável MÁFIA VERDE.