Como de costume, a Revista Exame publicou excelente matéria intitulada Atrás do Dinheiro Verde demonstrando a importância do Mercado de Créditos de Carbono para as empresas, o meio ambiente e, conseqüentemente, para toda a sociedade. Além disso, desvenda que este é um mercado promissor para os investidores.
Contudo, uma frase chamou nossa atenção:
"Não adianta abordar o empresário com um discurso verde. É preciso mostrar a ele que é possível lucrar com isso".
Esta preciosidade foi proferida pelo empresário, consultor e ex-Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo FHC: Alcides Tápias, estando ele, dentre àqueles que apostam neste novo e rentável negócio. Com isso, acaba afirmando que as empresas não atuam responsavelmente com o objetivo de atender os reais interesses de seus stakeholder e a necessária preservação do meio ambiente, mas sim, se puderem “ganhar dinheiro”.
Será que é assim mesmo que a responsabilidade social funciona nas empresas?
A opinião do Sr. Alcides Tápias nos remete ao exclusivo interesse pelo lucro, colocando em cheque a essência da verdadeira e autêntica Responsabilidade Ética, Social e Ambiental -chamada por nós de Tripla Responsabilidade Corporativa - por acreditarmos que não existe empresa responsável se não forem atendidos e exercidos todos os três quesitos. Então, "a atuação responsável das empresas não pode visar qualquer tipo de lucro, mas sim, devolver para a sociedade - sem esperar nada em troca - uma parte daquilo que foi entregue, por ela mesma, às empresas", ou seja, é como se as empresas estivessem dizendo: "Obrigado".
O Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios não concorda com o equivocado entendimento do Sr. Tápias, apesar de saber que esse tipo de atuação é uma realidade para uma significativa parcela de empresas, entretanto a sociedade e o meio ambiente agradecem... Por que, mesmo assim, estão sendo beneficiados. Mas, o evidente despertar e o aumento gradual da consciência coletiva, fará os consumidores, cada dia mais, escolher e premiar àquelas empresas, verdadeiramente, responsáveis.
É esperar pra ver!
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