terça-feira, 14 de agosto de 2007

Devo, não nego... Mas, não pago!

Dever para alguém não é algo agradável... Acumular dívidas com instituição financeira, cartão de crédito ou estabelecimento comercial além de se pagar juros ainda mais exorbitantes, somos bombardeados por correspondências e telefonemas com propostas de acordo ou com o alerta do risco e dos dissabores de ter o nome incluso na lista negra dos devedores.

Da mesma forma, deixar de pagar conta de algum serviço essencial do nosso dia-a-dia, é problema na certa! Só quem já ficou sem telefone, sem TV a cabo ou sem internet em casa sabe muito bem do que estamos falando.

Pior ainda é deixar de pagar algum dos inúmeros e intermináveis impostos. Você já ficou sem pagar seu IPTU ou deixou de liquidar o IPVA do seu carro?

É simples! Quem deve tem que pagar e ponto... Mesmo que seja de acordo com as reais possibilidades financeiras do devedor, refletida no ditado popular que diz: Devo, não nego... Pago quando puder!

Entretanto, isso não vale para o governo!

Parece que os políticos de carreira só sabem trabalhar em causa própria: criando novos impostos, transformando contribuições provisórias em definitivas e desviando recursos públicos em plena luz do dia sem que nada aconteça por que - eles também sabem - somos o País da Impunidade!

Mas, algo mais grave está por vir! O governo deve e não nega... E, não vai pagar o que deve.

O Congresso Nacional está na iminência de aprovar a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) nº 12, de autoria de um dos maiores Inimigos do Brasil, o desgastado Senador Renan Calheiros, que trata dos precatórios, ou seja, obrigações de pagamento de dívidas incorridas no setor público e decorrentes de decisões judiciais transitadas em julgado e dentre os tipos de precatórios encontramos as pensões, desapropriações e contratos com o poder público

Renomados juristas brasileiros alegam que esta proposta do governo não visa resolver o problema, mas simplesmente se trata de uma maneira de adiar, ainda mais, os pagamentos e trazer prejuízos aos credores (saiba mais).

Por esta razão que a FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo) lança amanhã o Movimento Nacional contra o Calote Público, Impunidade e Segurança Jurídica com vistas a pressionar os legisladores e os governantes pela não aprovação de medida puramente caloteira.

Esperamos que os governistas de plantão não vejam neste movimento algo golpista, mas sim, um legítimo exercício da cidadania e da democracia com o cristalino objetivo de construir um Brasil Melhor independente deste ou daquele presidente...

E, sabe o porquê?

O Brasil e sua gente são muito maiores e muito mais importantes do que a figura do seu presidente!

NOVO HORÁRIO: 9:30 horas

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