quinta-feira, 28 de junho de 2007

Executiva processa a General Electric

A americana Lorene F. Schaefer trabalha numa co-ligada da General Electric Company, a GE Transportation, há 13 anos e desde então vem conquistando elogios e reconhecimento de seus superiores, inclusive chegando a um cargo de destaque dentro da estrutura organizazional (consultora jurídica geral).

Entretanto, Lorene acusa judicialmente a GE por discriminar sistematicamente as mulheres nos salários e promoções, mesmo afirmando que sua companhia faz um trabalho excepcional ao colaborar com mulheres para chegarem a funções gerenciais, porém alega que apenas 13% dos colaboradores seniores da GE são mulheres, porcentagem mantida há 6 anos.

Schaefer diz que “as mulheres da GE estão morrendo de medo” mas seu advogado acredita que mais de 1.700 funcionárias poderão aderir ao processo no tribunal regional do Estado de Connecticut nos EUA que está analisando transformar esta demanda judicial numa “Ação de Classe”. Caso a GE for condenada poderá ter que desembolsar pagamentos, aumentos salariais e danos compensatórios totalizando a cifra milionária de US$ 500 milhões, a serem distribuídos entre as funcionárias da companhia.

A GE Company, através de seu porta-voz, Gary Sheffer, discorda das acusações e informa que cerca de US$ 40 bilhões – quase 25% do faturamento anual da companhia – foi conquistado por unidades de negócios gerenciadas por mulheres. Além disso, quando Jeffrey R. Immelt assumiu o comando da GE, no lugar do lendário Jack Welch, apenas 17 das 182 posições gerencias eram ocupadas por mulheres, ou 9,3% do total, sendo que, atualmente, este número saltou para 27, ou 14,5% do total de cargos gerenciais seniores.

Como sempre, o Blog Ética nos Negócios procurou o CEO da GE Brasil para se pronunciar a respeito e, gentilmente, Alexandre Silva nos enviou nota através de sua assessoria de imprensa, negando as acusações constantes no Caso Schaefer e inclusive dizendo que a própria companhia desenvolve o GE Women’s Network programa que tem como objetivo incentivar a promoção de mulheres a cargos cada vez mais estratégicos e ainda argumentou que, em 2004, a GE foi reconhecida pelo tradicional Prêmio Catalyst exatamente por acelerar o desenvolvimento das carreiras de suas colaboradoras.

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