A maior empresa farmacêutica do mundo, a Pfizer Inc., está sofrendo um processo judicial movido pelo Governo da Nigéria em função da gigante americana haver realizado um teste clínico nos anos 90 durante uma epidemia de meningite e que, se condenada, terá que desembolsar US$ 14 bilhões, representando 28,9% do faturamento global da companhia conquistado em 2006. Este episódio, inclusive, serviu de inspiração para o romance O Jardineiro Fiel do escritor britânico John le Carré e na adaptação para as telas do cinema contou com a direção do cineasta brasileiro Fernando Meirelles.
As acusações das autoridades nigerianas creditam aos pesquisadores da Pfizer de transformarem 200 crianças e bebês, vítimas da epidemia no Estado de Kano, em "cobaias involuntárias" por terem administrado à metade delas um novo antibiótico, ainda não testado, de nome Trovan e à outra metade foi dado, propositalmente, em quantidades reduzidas, um remédio da concorrente Roche, para que o Trovan pudesse ter resultados melhores e isso, teria resultado na morte ou em danos permanentes em dezenas desses pacientes-mirins. Ao final do teste, a Pfizer teria deixado a região e apagado todo e qualquer tipo de evidência sobre o caso.
Procurado pelo Blog Ética nos Negócios, o CEO da Pfizer Brasil, Philippe Crettex, informou que, “por se tratar de um caso internacional, todo o acompanhamento bem como informações sobre o mesmo estão sendo gerenciadas diretamente pela matriz da Pfizer em NY, porém a Gerência de Comunicação Corporativa da Pfizer Brasil estaria disponibilizando a versão traduzida do comunicado internacional sobre o tema e qualquer dúvida adicional estaria sendo enviada à matriz para ser devidamente respondida”.
A versão oficial da Pfizer sobre esse assunto você poderá conhecer nos links a seguir: imagem jpg ou arquivo pdf.
Agradecemos a Pfizer Brasil, na pessoa de seu principal executivo, Philippe Crettex, pela atenção dada ao Blog Ética nos Negócios.
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