segunda-feira, 19 de março de 2007

Um exempo a ser seguido pelo varejo brasileiro

Muita gente deve se recordar de um produto que virou sinônimo de saco plástico: o sanito, se tornando item obrigatório na lista do supermercado dos brasileiros para embalar o lixo produzido em suas casas.

Anos se passaram e com eles a mudança no mercado e nos hábitos do consumidor. Com a inflação sob controle, a produção foi priorizada gerando o natural aumento da competitividade e, consequentemente, a busca por produtividade e rentabilidade. Os clientes aposentaram os sanitos em razão das sacolas de papel terem sido substituídas pelas tradicionais sacolinhas plásticas e não só nos mercados, supermercados e hipermercados, a “plasticomania” espalhou-se pelo varejo do país e com isso, esse tipo de sacola passou a armazenar o lixo da maioria dos lares.

O que pouca gente sabe é que essas sacolas são um dos grandes inimigos da natureza, pois o plástico é um dos produtos mais resistentes no meio ambiente. Você sabia que essas sacolas demoram cerca de 400 anos para se decompor totalmente nos lixões ou aterros sanitários de sua cidade? Saiba mais sobre esse problema no post A Farra dos Sacos Plásticos.

Um excelente exemplo está vindo do Governo do Estado do Paraná onde são produzidas cerca de 80 milhões de sacolas plásticas, o que representa 20 toneladas depositadas no meio ambiente. A Secretaria do Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Ministério Público (MP-PR) estão determinando aos varejistas que busquem alternativas para as nocivas sacolas. Uma delas, é a sacola biodegradável que segundo estudos, levam apenas 18 meses para se decompor em função de um composto químico que as torna mais sensível à luz solar, temperatura e umidade do ar, o que acelera o processo de decomposição.

A única desvantagem dessa nova sacola é o preço, entre 10 e 15% mais alto que a convencional, ou seja, a ínfima quantia de R$ 0,75 por cada kilo de sacola plástica adquirida pelo varejista.

O presidente da Apras - Associação dos Supermercados do Paraná, Everton Muffato, descarta repassar o aumento para o consumidor, mas negocia redução de impostos com o governo e defende que “o passivo ambiental que se reduz é mais importante que a diferença de preço” além de acreditar que haverá um “ganho de imagem para o setor e para a sociedade de maneira geral“.

Esperamos que o próprio Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Associação dos Supermercadistas do Brasil (Abras), Associação Brasileira das Indústrias de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) e, especialmente, os Varejistas Responsáveis, abracem esta causa e possam contaminar todo o varejo brasileiro com mais essa prática consciente nos negócios.

Nenhum comentário: