sexta-feira, 24 de novembro de 2006

O McDonalds e a Gordura Trans

Esta semana recebemos o newsletter do Portal McDonald´s divulgando as novidades na seção nutrição e saúde denominada “Comendo e Aprendendo”, sendo dado o devido destaque ao Fala, Doutor! - artigos e entrevistas exclusivas com conceituados especialistas da área médica - e também o McGourmet Dinner - jantar ousado e criativo preparado pela chef e consultora de nutrição do McDonald´s.

Aproveitamos para conhecer todo o conteúdo do Comendo e Aprendendo que, realmente, contém informações de extrema importância sobre "nutrição e saúde" tanto para os consumidores como também aos pais dos consumidores-mirins desta que é a maior rede de fast food no mundo, presente em 119 países, com suas 30.000 lojas, servindo quase 50 milhões de clientes a cada dia. As vendas em 2004 somaram US$ 19,1 bilhões e lucro líquido de US$ 2,75 bilhões. (Conheça mais sobre o McDonald´s no wikipédia).

Entretanto, algo chamou a nossa atenção! Não existe nenhuma informação, nenhum tipo de conscientização e muito menos um alerta sobre os malefícios causados pela Gordura Trans à saúde dos consumidores. Esse tipo de gordura, cientificamente conhecida como: ácido graxo não-saturado, está presente em alguns óleos e é acusada de estimular doenças cardiovasculares.

Os riscos são tão contundentes que os Serviços de Saúde de Nova York estarão adotando um plano para limitar drasticamente a apenas 20 mil restaurantes o uso de Gorduras Trans na cidade. Esta norma afetará, especialmente, as lojas de fast food que se utilizam em demasia deste produto. Porém, a decisão definitiva deve ser tomada no mês que vem e limitará, além do número total de restaurantes, o uso da Gordura Trans em 0,5 gramas por prato. Por curiosidade e informação: a batata frita McDonald´s possui, nada mais nada menos, do que 3,0 gramas na embalagem pequena e 5,9 gramas na grande. A OMS – Organização Mundial da Saúde orienta que o consumo máximo diário de Gordura Trans seja de apenas 2 gramas ou 1% do total calórico ingerido.

Além disso, especialistas alegam que os restaurantes e indústrias de alimentos (este tipo de gordura está presente em bolos, doces, biscoitos, sorvetes, salgadinhos, margarinas, etc...) podem substituir a Gordura Trans por outros produtos não-nocivos à saúde, sem modificar o sabor ou o custo de seus produtos. Ora, e por que isso não é feito?

No dia 11/09 publicamos no Blog Ética nos Negócios um merecido elogio ao McDonald´s por haver assinado documento junto ao Greenpeace se compromentendo a não adquirir produtos fabricados com a "soja irresponsável" da Amazônia. E, por continuarmos a acreditar que a maior empresa de fast food do mundo tem a obrigação moral de dar o maior exemplo de responsabilidade social - principalmente, por ter nas crianças e nos jovens, a grande parcela de seus consumidores - é que esperamos a mesma postura ética e responsável no caso da Gordura Trans.

Um comentário:

Anônimo disse...

ooooooooo
muito massa