terça-feira, 24 de abril de 2007

Deixado para trás...

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, uma das peças-chave do Protocolo de Kyoto, da ONU, foi criado com o objetivo de ajudar os países desenvolvidos a atingir suas metas de redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) e promover o desenvolvimento sustentável nos paises em desenvolvimento.

Assim, cada tonelada de CO² (dióxido de carbono) não despejada na atmosfera gera créditos de carbono e esses papéis são negociados e vendidos para empresas poluidoras localizadas nos países desenvolvidos as quais, por força de Lei, são obrigadas a reduzir suas emissões e isso passou a ser uma excelente fonte de recursos para os países em desenvolvimento, como o Brasil, além da positiva contribuição para o meio ambiente.

O Brasil saiu na frente, mas logo foi deixado para trás pela Índia e China, e até o México já está prestes a nos alcançar. O principal motivo é a tradicional burocracia do governo federal na aprovação de novos projetos apresentados pelas empresas e essa lentidão acaba afastando o interesse de fundos de investimentos estrangeiros ávidos em financiar empreendimentos desse tipo.

Sabe quanto foi movimentado no mercado mundial de créditos de carbono em 2.006? US$ 3 bilhões com perspectivas de aumentar nos próximos anos, especialmente pela postura dos países ricos que, em razão da pressão mundial, estão criando Leis para coibir a emissão dos GEE através da aplicação de pesadas multas e até o fechamento da empresa. (Veja o post A Espanha sai na frente)

Um fato intrigante é que, quando há interesse político, o Brasil é o país mais rápido do mundo, como por exemplo, para aumentar a carga tributária da sociedade ou elevar os juros do setor produtivo. Porém, quando não há “interesses”... Nosso país larga dos boxes!

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